segunda-feira, maio 09, 2011

Nós tentando...

Está quase chegando o dia que vai mudar nossas vidas!

Foi-se o tempo em que contávamos os meses que faltavam para o nascimento do Lucas. Foi-se a época que contávamos as semanas que faltavam. Agora, são poucos dias. E quem sabe menos ainda do que pensamos. Por enquanto, tudo correndo bem para a chegada dele no dia marcado (e correndo mesmo, sem trocadilhos).

E pensar que houve tempo em que eu nem imaginava que um dia eu seria pai. Eu brincava dizendo que eu só queria filhos se já viessem prontos e inscritos na faculdade. Mas é claro que estou curtindo. E muito.

Chegar até aqui não foi fácil. Quando adolescentes, a gravidez é algo normalmente evitado, com todo esforço. Agora, que os anos já se passaram e ultrapassamos a barreira dos 30, a gravidez é algo a ser conquistado com todo esforço. Até entendo que o corpo humano está mais preparado para gerar descendentes mais cedo, mas a rotina atual nem sempre permite. Casamos mais tarde, queremos conquistar mais coisas antes do primeiro filho. E a paternidade vai ficando cada vez mais tarde. Talvez seja algo que a evolução das espécies corrija em breve.

A decisão de tentar o primeiro filho foi tomada em conjunto. Algo que a Solange queria muito. O meu pensamento foi mais metódico – se não for agora, pode ser tarde demais. É, eu já estava com 34 anos e a Solange com 33 anos. Não foi só estalar os dedos e começar a preparar o enxoval.

Assim que a decisão foi tomada, a Solange procurou o médico para saber se estava tudo certo. Alguns exames, mas nada conclusivo. Será que ela ovulava? Ela sempre teve o ciclo menstrual regular e isto era um bom sinal. Mas os meses passavam e nada de atrasar este ciclo. E o médico dizia – demorar até 1 ano é normal, afinal foram muitos anos de pílula anticoncepcional.

Como bom marido, fui procurar também o médico. Lá fui eu fazer um exame um tanto quanto desconfortável, digno de filmes de comédia. E o resultado também não foi nada conclusivo. Meus espermatozóides não tinham forma perfeita e nem eram muito rápidos. Mas tinham um bom volume. Ou seja, tinha que continuar tentando.

Até que os exames confirmaram que a Solange estava com cistos em um dos ovários, o que podia explicar a não ovulação. Mas e o outro ovário? Sem respostas. O médico dizia que era melhor retirar estes cistos para então voltar a tentar. Bem, pegamos os papéis para a cirurgia, marcamos até data, mas tivemos que adiar porque a Solange estava mudando de emprego e não poderia ficar afastada naquela época.

E não é que tivemos uma boa surpresa. A danada da visita mensal atrasou.
Um belo dia, eu estava voltando de viagem e a Solange me aguardava com aqueles testes de farmácia... E o bastonete indicava dois risquinhos – resultado positivo para quem não sabe – confirmado depois no exame de sangue. Era o começo de uma nova vida. Para nós e para um novo ser. A primeira etapa estava vencida. Um certo alívio, mas início de outras tantas preocupações.

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