sábado, julho 25, 2009

O poder (negativo) dos cadastros

Com o avanço da informática, fica cada vez mais fácil para as empresas manterem as informações de seus clientes. As empresas exigem cadastros e podem ir ampliando estes bancos de dados a cada vez que o cliente faz alguma compra ou até mesmo alguma consulta.

Mas será que as empresas estão usando bem o poder destes cadastros? Vejam 3 exemplos que aconteceram comigo nas últimas semanas.

Sou assinante das revistas Veja e Exame, da editora Abril. Num domingo, fui pegar minha revista Veja na caixa de correio e o que eu encontro? Duas revistas iguais. Todas as duas endereçadas para mim. Todas as duas com o meu código de assinante. O que teria acontecido? Descobri no dia seguinte quando chegou uma correspondência da Abril. A editora Abril estava agradecendo que eu tinha renovado minha assinatura da revista Exame e por isso fui presenteado com um brinde - 6 edições grátis da revista Veja... Liguei para comentar que o brinde era inútil e se eles não tinham percebido que eu já assinava esta revista. Nem fizeram questão de explicar e somente disseram que não podiam trocar este maravilhoso brinde por outra revista. Perderam a chance de que eu assinasse outro título.

Outro exemplo, não tão crítico, na Caixa Econômica Federal. Fui abrir uma Caderneta de Poupança. Levei meus dados e a atendente perguntou se um número de celular antigo ainda era meu. Também estavam com minha renda totalmente desatualizada. Tudo bem, afinal nem lembro quando fiz algum cadastro na CEF. Talvez quando comprei meu primeiro apartamento em Curitiba, quando utilizei o Sistema Financeiro de Habitação, mas por outro banco. Apenas um exemplo de cadastro desatualizado.

E o último caso foi com o ViaFácil - aquele sistema de passar direto no pedágio. Resolvi fazer o testdrive oferecido de 30 dias, pagando apenas as passagens no pedágio. Fiz o cadastro e já comecei a usar. A surpresa veio quando recebi um primeiro extrato. Nome certo, placa do carro certa, mas o endereço cadastrado era do meu antigo endereço em Curitiba, onde não moro desde 2003. Como eles conseguiram este endereço, eu não sei. Afinal, quando fiz o cadastro informei meu endereço atual. Provavelmente, utilizaram algum cadastro comprado e desatualizado. Mandei uma mensagem pedindo para atualizarem, e perguntando de onde obtiveram este dado. Era mais fácil que eles tivessem utilizado os dados que eu informei...

E assim devem existir outros exemplos. E as empresas perdem de utilizar o poder destes cadastros de forma positiva.