domingo, outubro 19, 2008

Gibraltar

Recebi umas fotos de um navio que teve problemas no seu motor nesta semana. Bem, digamos que os problemas no motor foram os menores... Veja o vídeo.





O M/V Fedra, construído em 1977, era um navio cargueiro de 35 mil toneladas de capacidade. Estava fundeado na Baía de Gibraltar e não conseguiu ligar seus motores durante uma tempestade. Os ventos e ondas levaram o navio para as rochas, no ponto conhecido como Europa Point. Procurando notícias sobre este incidente, acabei estudando um pouco sobre Gibraltar.

A imagem no Google Earth é muito interessante. Um ponto onde Europa e África ficam bem próximas. Um local de tráfego intenso de embarcações. E um local propenso a incidentes com navios. É o terceiro em menos de um ano.

Gibraltar é um território britânico - pertence a Grã-Bretanha. Fez parte de um acordo em 1713 após a Guerra da Sucessão Espanhola. Neste acordo, ficou estabelecido que todas provisões para o território deveriam seguir por mar, exceto em emergências. Mesmo assim, seus moradores - pouco menos de 30 mil - querem manter-se assim, como território britânico, apesar da pressão espanhola. Apenas querem mais autonomia.

Num território tão pequeno e quase cercado pelo mar por todos os lados, é evidente que a economia depende da sua posição estratégica na entrada do Mediterrâneo. Mas o seu aeroporto também chama a atenção. A pista é cortada pela única estrada deste país, que tem um semáforo para evitar uma catástrofe. Clique para ver as fotos!



Mas um aeroporto assim tem suas vantagens - é o aeroporto mais perto do centro de uma cidade - menos de 500 metros! Ou será que o centro da cidade que é perto do aeroporto?

terça-feira, outubro 07, 2008

Dicas de Filme: "Atirador" e "Conduta de Risco"

Recebi algumas críticas por ter escrito três posts sobre crise econômica. Sabe, acho que faz bem dar um tempo nesta preocupação e procurar alguma diversão. Foi o que fiz no final de semana, afinal, os mercados estão fechados a partir da sexta-feira a noite. Acabei assistindo 2 filmes. Fazia tempo que eu não assistia filmes novos. Deixo aqui minhas dicas.

"Atirador" é um thriller de ação com uma boa trama. Um atirador de elite não consegue completar uma missão e se considera culpado pela morte de seu parceiro, dando um fim em sua carreira. Mas o governo de seu país o procura para evitar um assassinato. Somente um exímio atirador poderia salvar o seu presidente. Mas as coisas não acabam bem. Salvar sua pele e descobrir a verdade tornam-se suas novas missões.

"Conduta de Risco" é um drama que lembra a história de Erin Brockovick - um escritório de advogados e uma grande corporação batalham judicialmente contra pessoas que afetaram com seus produtos. Este filme não trata dos tribunais, nem da busca de provas. A história principal é sobre um dos advogados e seus problemas pessoais. Enquanto ele vai tentando resolvê-los, seu escritório busca manter seu melhor cliente. O enredo é um pouco complicado, mas quase tudo se encaixa no final. As tramas paralelas vão se complementando e o final surpreende um pouco. O filme foi indicado a vários Oscars e ganhou o de melhor atriz. Fiquei com uma dúvida: porque o mocinho desce do carro para observar os cavalos? Se você conseguir me explicar, direi que tudo se encaixa no final...

Boa diversão!

domingo, outubro 05, 2008

House e a crise americana

Na última sexta-feira, todos investidores do mundo aguardavam ansiosos a votação do projeto de socorro financeiro americano na House - a Câmara de Deputados de lá. Desde o começo da crise, em meados do ano passado, outros remédios já haviam sido testados. Alguns surtiram efeitos passageiros, outros não. E a crise continuava. Todos esperavam que a aprovação do pacote traria algum alívio, apesar de não ser a solução para a crise. Todos respiraram fundo durante a votação e com certeza ficaram aliviados com a aprovação. Mas o que aconteceu em seguida: as bolsas voltaram a cair... E forte.

O remédio não surtiu o efeito desejado...

Isto faz lembrar um seriado americano coincidentemente chamado House. O dr. House é especialista em diagnósticos difíceis. Os capítulos apresentam quase todos o mesmo enredo. Um caso raro e a equipe do Dr. House entra em ação. Os primeiros remédios até surtem efeito, mas logo os sintomas voltam. Novas drogas são ministradas, os pacientes ficam à beira da morte, e a tensão aumenta. Até que o diagnóstico certo é feito e o remédio correto é dado ao paciente. Na maioria dos casos, a equipe tem sucesso.

No atual momento da crise, não se consegue definir que o diagnóstico certo já tenha sido descoberto. Trata-se de uma crise de crédito? Trata-se de uma crise de confiança? Os Estados Unidos estão em recessão? Ou em estagflação? A House acaba de tentar ministrar mais um remédio. Mas os monitores do paciente não reagiram conforme esperado...

A vida não é um seriado americano. A economia mundial não pode esperar que a House americana fique tentando remédios aleatórios. Mas torce para que encontre o remédio certo antes do paciente morrer...