terça-feira, junho 28, 2011

Ele Escrevendo… Escolhendo o Pediatra

Eu gostei bastante da pediatra que me atendeu no hospital. Mas infelizmente, ela não atende mais no seu consultório. Com isso, papai e mamãe tiveram que escolher um novo pediatra para a minha primeira consulta. Não foi fácil. Somente na 4ª. tentativa que eles acertaram na escolha.

A primeira consulta foi com um médico numa clínica infantil, no dia 24 de maio. Nossa, quanta criança junto. E eu ali, pequenininho e frágil, podendo ser contaminado por alguma criança doente. E o médico ainda atrasou um pouco a consulta. E ainda reclamou que eu estava mamando quando entrei no consultório. Ué, ele se atrasou e eu fiquei com fome.

Tudo certo no exame e fui pesado pela primeira vez depois da saída da maternidade – 3,180kg. Ganhei parabéns. O normal seria ter recuperado nestes primeiros 15 dias o peso com que nasci. Mas fui além. Isto porque só tomo o leite da mamãe, que é gostoso e nutritivo! Também cresci 3 centímetros.Mas papai e mamãe não gostaram muito do médico. Ele não olhou minha caderneta, não anotou nada e nem informou sobre as próximas vacinas. Pelo menos, tirou algumas dúvidas: é normal ter soluço porque meu sistema respiratório e digestivo ainda está em desenvolvimento; é normal ter remela no olho porque o canal lagrimal é minúsculo e é normal ter as perninhas tortas (como o Garrincha) porque elas ficavam assim dentro da barriga da mamãe.

A segunda consulta também foi numa clínica infantil, só que bem mais vazia. Eu já conhecia aquela clínica das consultas da mamãe na obstetra. Bem, pelo menos, nesta clínica, o médico me atendeu no horário certo. Ele olhou minha caderneta. Mas ele parecia esperar que eu falasse alguma coisa, que contasse o que eu estava sentindo. Será que ele não sabe que ainda não sei falar?

Papai e mamãe fingiram que era o primeiro pediatra que eu ia. Então, recebemos orientações parecidas. Recebi a primeira receita de remédios: um remédio para quando eu tiver cólicas – o médico disse que isso deve aparecer em pouco tempo, e uma vitamina para tomar após completar 1 mês. Nesta consulta, já estava um pouco mais pesado, com 3,215kg, mas perdi meio centímetro. É, realmente eu não paro quieto quando querem me medir e isto dificulta um pouco.

A terceira consulta foi num consultório de um pediatra indicado. Nossa, 1 hora de espera num consultório pequeno e movimentado. Papai acabou ganhando uma multa no carro por causa disso – acho que vai ser difícil ele voltar aqui. Com tanta espera, ainda bem que sou comportado, senão eu iria abrir um berreiro que o médico ia ter que atender antes. E a consulta foi rápida porque o médico queria mesmo era ir embora para outro compromisso.Papai e mamãe gostam mesmo é que os médicos me pesam em cada consulta e sempre estou engordando – 3,430kg e 50 centímetros.

Depois da 3ª. consulta, papai e mamãe chegaram a conclusão que o melhor era pagar por uma consulta particular. E escolheram uma pediatra mulher. Quanta diferença! Mesmo antes de entrar no consultório, eu já parecia pressentir que eu iria gostar. Mamãe até bateu uma foto na sala de espera.

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É, atrasou um pouco, mas fomos plenamente recompensados pela aula que tivemos com a pediatra. É, eu já estava com 25 dias, eu já estava tendo cólicas e a pediatra explicou que isto acontece porque meu sistema digestivo está em formação e em aprendizado. Passei 9 meses na barriga da mamãe sem fazer cocô e agora estou aprendendo. Ela explicou que os remédios ajudam sim a diminuir os gazes, assim como uma massagem ou uma bolsa de água quente.

Foi a primeira médica a perguntar também sobre a saúde do papai e da mamãe, para pesquisar sobre doenças congênitas. Também foi a primeira a falar sobre as vacinas que tenho que tomar.

Fui novamente pesado – 3,900kg e 53 centímetros. Já engordei quase 1 kg!

Mas o melhor ainda estava por vir. Quando a pediatra me examinou, ela me colocou de pé, me segurou e... tan tan tan tan... fez eu dar alguns passos! É isto mesmo! Eu andei. Na verdade, acho que é um teste para ver se meus movimentos são bons. Pena que papai e mamãe não estavam preparados para filmar isto (mas eles repetiram o exercício em casa e filmaram para quem duvidar...)

Papai e mamãe não esconderam que não era o primeiro pediatra que iam e que gostaram da consulta. Acho que isto acabou fazendo com que a pediatra ainda anotasse num papelzinho o seu e-mail e também o seu celular. Pronto! Como disse meu padrinho Júlio: “Pediatra bom é aquele que te dá o número do celular”. A procura havia chegado ao fim.

sexta-feira, junho 24, 2011

Ele escrevendo… Visita Surpresa

Foi só deixar papai escrever que já vou ter que dar bronca nele. Era para ele falar sobre mim e ele começou a falar sobre tênis e documentos. Papai, você tem que contar minha história para eu poder ler no futuro.

Vejam só, ele esqueceu de contar que no mesmo dia em que fui registrado, eu recebi a minha primeira visita surpresa – minha Tia Edith! Ela veio de São Paulo, de surpresa, só para me ver. Era para chegar para o almoço, mas a chuva atrapalhou o vôo dela e ela acabou chegando só para o jantar. Nossa, fiquei muito feliz com a surpresa. Quem não conhece a tia Edith talvez não entenda porque tanta felicidade. Mas eu sei que ela vai brincar muito comigo, me levar ao teatro, ao shopping, ao restaurante. Foi assim que ela cuidou do meu papai e da minha tia Fê quando eles iam passar as férias em São Paulo. É assim que ela cuida do meu primo Caio, que adora ir na casa dela.

Pena que a visita foi rápida. Na 3ª. feira, dia 17 de maio, ela já foi embora no final da tarde junto com a tia Fê e o primo Caio. Mas aproveitei bastante a visita deles. Tiramos fotos de toda família e mostrei para eles que vou ser um bebê calminho, educado e obediente. Assim, papai e mamãe ficam felizes!

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terça-feira, junho 21, 2011

Nós nomeando…

2a. feira, 16.Maio, primeiro dia útil após a saída da maternidade. Dia de registrar nosso filho! O dia estava chuvoso e preferimos deixar o teste do pezinho para amanhã.

Mas eu e minha mãe, D. Teresinha, aproveitamos para ir registrar o Lucas. Fomos no mesmo cartório que eu e a Solange casamos. Só tive que levar a Certidão de Casamento e a Declaração de Nascido Vivo, fornecida pelo hospital. Isto porque eu e a Solange somos casados no civil, senão, teríamos que ir os dois até o cartório.

D. Teresinha foi testemunha e Lucas ganhou seu primeiro documento – a Certidão de Nascimento. Seu nome completo: Lucas Scherer de Lima.

Mas quando escolhemos este nome? E por quê?

Escolhemos logo após saber o sexo do nosso filho. A Solange já estava olhando opções a algum tempo. Colocou até em um arquivo. Eu desconversava. Não queria criar expectativas. Queria esperar a gravidez vingar.

Chegou o dia então do primeiro ultrassom que acompanhei. Solange estava com 12 semanas. Foi tranquilizante ver aquele pequeno ser se mexendo e ouvir seu coração. E ele se mostrou exigido: quis logo mostrar que ia ser um menino – seus documentos já estavam lá.

Sabendo o sexo, ficou difícil segurar a ansiedade da Solange por começar a chamá-lo por um nome. E confesso que comecei a sentir que já podíamos contar para todos a maravilhosa novidade. E para poder responder “Qual vai ser o nome?”, havia chegado a hora da decisão.

Mesmo eliminando os nomes femininos, ainda sobraram várias opções. Na noite após o ultrassom, Solange ficou com seu computador e a pré-lista, olhando os significados de cada um. Deixamos alguns de lado, evitamos outros e reduzimos a lista a 2 nomes.

Perguntamos para os avós e tias o que achavam destes 2 nomes, mas sabíamos a escolha iria ser nossa. Então, entrou meu lado engenheiro, meio matemático e lógico para a escolha. Eu explico.

Ainda pretendemos ter outro filho, que pode ser uma menina ou menino. E somente uma das 2 opções tem masculino e feminino. Então, eliminanos esta opção (que não falei qual é de propósito) para deixar para uma possível menina. E ficamos com o outro: Lucas.

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Pronto, nosso filho já tinha um nome: Lucas. Sim, um nome que remete a Bíblia, mas não foi este o motivo da sua escolha. Escolhemos ele simplesmente porque gostamos dele. E esperamos que ele também goste.

E o nome ficou completo ao juntar o sobrenome da Solange com o meu: Lucas Scherer de Lima. Nome de maestro, vocês não acham?

segunda-feira, junho 20, 2011

Eu jogando tênis…

Ontem, assisti com emoção uma reportagem relembrando os títulos de Gustavo Kuerten em Roland Garros. Fazem 10 anos do terceiro título, em 2001.

Lembro bem do primeiro título, em 1997. Durante o torneio, eu estava viajando com amigos para Gramado, aproveitando um feriado prolongado. Assistíamos a notícia da evolução de Guga no torneio com emoção. Voltamos ainda a tempo de vermos a final em casa, torcendo juntos por algo que parecia tão distante: um brasileiro, da nossa querida Floripa, jogar e ganhar a final de um torneio de Grandslam. E mais, alguém tão próximo de nós: eu tinha jogado tênis na minha adolescência e conhecia o Guga. Meus amigos – os gêmeos – eram amigos do irmão dele, o Rafael. Comemoramos muito aquele título.

Talvez seja a humildade de Guga que atrai tantos fãs. Seu jeito “manezinho” de ser cativa a todos. Lembro de uma entrevista, logo após ele ter ganhado um torneio na Alemanha. O prêmio era uma Mercedes conversível que ele deu para o técnico. Quando perguntado sobre o que iria fazer com o prêmio em dinheiro, ele respondeu, com forte sotaque ilhéu: “Vou comprar uns CDs…” Com certeza, poderia comprar muitos CDs.

Conheci o Guga durante os torneios de tênis que disputei na adolescência. Eram torneios estaduais e eu nunca despontei naquele circuito. Guga era mais novo, mas jogava na minha categoria porque ele sim despontava como uma boa promessa. Tanto é que ele hoje é um tenista campeão. E eu sou um engenheiro…

Lembro de um torneio no Itamirim, em Itajaí. Nos intervalos, os tenistas criavam meios de passar o tempo e um deles era um jogo com tampinhas de garrafa nas mesas entre as quadras. O objetivo era dar petelecos na tampinha e acertar primeiro o buraco do guarda-sol no meio da mesa. Se não joguei tênis com Guga, joguei este joguinho com tampinhas. E tinha até um apelido: por eu ser canhoto, Guga me chamava de Atrofia. Mas isso deve ser algo que só eu recordo.

Sim, o tênis foi o esporte da minha adolescência. E vai ser um esporte que, com certeza, vou apresentar ao meu filho. Não sei se ele vai gostar, nem vou forçar. Mas assim que puder, vou dar uma raquete para ele.