Palestras, palestras e mais palestras

Já faz mais de 1 semana que estou no Rio de Janeiro. Vou deixar os comentários da cidade para depois que conhecê-la um pouco melhor.

Assinei contrato no dia 23. Agora, sou um petroleiro. É, assim que os mais de 50.000 funcionários são chamados (!!!!!!). Talvez para diferenciar dos outros mais de 50.000 que são contratados sem concurso, os terceirizados.

Nesta primeira semana e meia, somente palestras de ambientação, com todos as áreas da empresa. Um representante de quase todos os quadradinhos do organograma veio falar com a gente. Já foram mais de 30 palestras. RH, SMS, E&P e outras tantas siglas. Ainda tem mais um dia de palestras. Depois, começa o curso, eu espero.

Estou morando num hotel bem no centro do RJ. Durante o dia, movimento demais. Durante a noite, movimento estranho. Mas centro de cidade grande é assim mesmo.
O hotel é bom, mas vou deixá-lo neste sábado. Pretendo me mudar. Depois eu conto para onde para não dar azar. Talvez eu fique algum tempo sem Internet.

E para finalizar algo que descobri nestas palestras: Petrobras não tem acento.

As Primeiras Novidades

Finalmente, pretendo voltar a escrever com mais regularidade. Com todas as mudanças deste mês, imagino que este blog agora passe a contar um pouco das novidades e atualidades da nova vida.

Bom, estou morando no Rio de Janeiro. Cheguei na 3a. feira e vou passar pelo menos uns 6 meses aqui. É que passei no concurso da Petrobras para o cargo de Analista de Tranporte Marítimo. O concurso foi em maio do ano passado. Fiquei bem colocado, mas só chamaram agora, um ano depois.

No ano passado, após o resultado do concurso, o trabalho não estava fácil e eu esperava todo dia a chegada do telegrama de convocação. Mas ele não chegou.
No início do ano, planos novos, melhorias no trabalho e eu já tinha desistido de esperar pelo telegrama.

Até que no começo de Abril, um pouco antes da Páscoa, a convocação chegou. Primeiro para apresentação de documento e para exames médicos. Fazia tempo que eu não fazia tantos exames: laboratoriais, teste de esforço, radiografias e ultrassonografia. Uma notícia boa: o colesterol diminuiu. Notícia ruim: uma pedra no rim...

E no dia 04 de maio, chegou o telegrama final - a chamada para assinar contrato no dia 23. Começou a correria. Pedir demissão, arrumar as coisas no trabalho e me preparar para a mudança.
Ainda coincidiu que um colega de trabalho procurava um apartamento para alugar no meu prédio. Mais mudanças, mais correria.

Foram 2 semanas de muito trabalho. Com ajuda da Solange e da minha mãe, consegui empacotar tudo. Papéis e mais papéis foram para o lixo. Troquei o computador, o celular e coloquei a venda os eletrodomésticos.

Peguei o avião no dia 22 para uma nova aventura. As outras mudanças que enfrentei na vida foram para locais mais perto, que eu podia ir e voltar nos finais de semana. Mas aprendi com elas e dessa vez, procurei realmente mudar de uma vez.

Estas são as primeiras novidades. Vou procurar contar o dia a dia aqui, para os amigos que ficaram. Deixem as suas novidades também.

Rumo ao Pan

Finalmente, meu índice foi aceito! E lá vou eu, rumo ao Pan 2007, na cidade maravilhosa!

Tenho que estar lá dia 23/Maio. Devo partir dia 22. One way ticket por enquanto. Algumas dúvidas, mas a decisão está tomada. Agora, arrumar a mala, esvaziar o apartamento, contar os dias e mais um monte de coisas para fazer. Como foi rápido!

É, algumas coisas mudaram frente aos planos feitos no começo do ano. Muitas novidades ainda vem por aí...

Tão longe e tão perto

A Polícia Federal fez hoje mais uma operação onde acusados são presos por participarem em algum esquema ilegal. Normalmente, corrupção, enriquecimento ilícito e outros crimes onde se tenta ganhar dinheiro de uma forma injusta.

A operação de hoje culminou com as prisões temporárias de envolvidos num esquema de liberação de licenças ambientais em áreas da minha querida Florianópolis. Realmente, alguns empreendimentos parecem tão privilegiados pela natureza que podem ter sofrido alguma pressão para a liberação da licença. Ainda mais em ilha tão bonita quanto Floripa.

Mas esta operação atingiu este florianopolitano de outra maneira. Esta operação prendeu conhecidos meus. É estranho ver os nomes daquelas pessoas que você conhece sendo divulgados como envolvidos. É estranho ver as fotos ou mesmo a imagem destes conhecidos sendo levados para a custódia. Por isso, tão perto. Conhecidos, mesmo que distantes, podem estar envolvidos. O pai de um amigo de infância, um colega dos jogos de tênis, do colégio e do ônibus da escola.

Ao mesmo tempo, tão longe. Dignidade, honestidade e poder dormir com a consciência tranquila são objetivos para a vida toda. Não há dinheiro, poder, cobiça ou inveja que façam mudar isto.

Que tudo seja investigado e os culpados paguem, e muito, pelo que fizeram.

Se correr, tudo bem! Se ficar, tudo bem também!

Um juiz de um Superior Tribunal brasileiro está sendo acusado de ter participação num esquema ilegal de venda de sentenças e liminares. Devido as denúncias, o juiz decide deixar o cargo temporariamente.

A decisão parece ser sensata. Permite um julgamento justo, sem interferências. Mas enquanto este julgamento acontece, o juiz estará afastado, sem trabalhar e continuará recebendo seu salário. O tribunal nem sabe o que fazer com o pedido do juiz, porque tal hipótese não estava prevista.

O mais incrível é caso as denúncias se confirmarem e punirem o juiz. Sabe o que acontecerá? Ele será obrigado a se aposentar - aposentadoria compulsória. E o juiz terá que virar um ex-juiz. Mas o salário? Este estará garantido na aposentadoria.

É, queria poder também ter estas opções. Se correr tudo bem! Se ficar, tudo bem também!

Vinho Português

Quem acompanha o blog a mais tempo já teve oportunidade de conhecer um vinho tcheco e um vinho sul-africano. Agora, apresento um vinho português.

Os europeus têm uma cultura vinícola mais antiga e diferente do que os brasileiros estão acostumados. Por lá, cultua-se as regiões e não os varietiais. Complicou? Eu explico.

Na França, na Itália, na Espanha, em Portugal e em outros países europeus, é a região que identifica o tipo de vinho. São as DOCs - Denominação de Origem Controlada. Vinhos que apresentam uma mesma DOC terão qualidade similar, apesar de serem produzidos com mais de uma cepa de uva. É uma espécie de selo de qualidade.

Outros países, como Chile, Argentina e o próprio Brasil, preferem classificar seus vinhos pela variedade da uva - os varietais. Temos os cabernet sauvignon, os merlot, os malbec e algumas variedades novas como os carmenère.
Mas nada garante que um cabernet sauvignon tenha uma procedência garantida e seja sinômino de qualidade.
Somente agora, as vinícolas brasileiras estão se unindo e criando um selo próprio, do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.

Uma DOC que chama a minha atenção é a portuguesa Douro. Conheci através do vinho Quinta do Cachão, que gosto muito. E foi através desta DOC que descobri uma pechincha. Um vinho português, da região do Douro, chamado VINZELO. Preço? Mais barato que os nacionais e semelhante aos argentinos mais em conta. Por quanto tempo? Não sei. Mas eu estou aproveitando. Boa degustação.

Rio de Janeiro e Maracanã

Antes de trabalhar na Vega do Sul, eu só tinha ido ao Rio de Janeiro de passagem por 2 vezes: a primeira quando eu estudava na 4a. série e a escola fez uma excursão para Petrópolis e a segunda em 2002 quando fiz uma viagem a trabalho para Porto Real, no sul do estado do RJ. Nestas duas vezes, nada pude conhecer.

Neste emprego, tive que viajar ao Rio de Janeiro por várias vezes. Na primeira vez, já fiquei maravilhado ao descer no aeroporto Santos Dumont e ver o Pão de Açucar ali, tão pertinho.

Por ter reuniões no centro, fiquei muitas vezes no hotel Novo Mundo. Em algumas delas, tive a sorte de ficar num quarto com vista para a linda Baía da Guanabara e para o Pão de Açucar.

Conheci o hotel Glória e tive a oportunidade de fazer um passeio de escuna pela Baía da Guanabara. Na volta deste passeio, choveu tanto que fiquei ilhado na Marina da Glória, sem conseguir voltar para o hotel.

Mesmo tendo perdido a conta de quantas vezes estive no Rio de Janeiro nos últimos 4 anos, foram poucas as oportunidades de realmente conhecer a cidade maravilhosa. Algumas vezes, eu pensava em passear e até ficava em outro hotel: em vez de ficar no Flamengo, mudei para o Arpoador.

Numa dessas vezes que eu fiquei no Arpoador, eu tinha programado de passear após o trabalho. Andar por Copacabana e tentar ir na Confeitaria Colombo, localizada no Forte de Copacabana. Mas neste dia, quando saía para o almoço, vi um assalto a um táxi que tirou minha animação. Acabei jantando no próprio hotel.

Neste ano, finalmente, conheci um dos cartões postais do Rio. Fui ver um jogo no Maracanã. Era uma 5a. feira e o Fluminense ia jogar com o Bahia pela Copa do Brasil. Convidei um colega de trabalho, torcedor do Fluminense, e ele topou ir no jogo.

Jogo fraco, com um público pequeno, mas que trouxe emoções para quem nunca tinha ido neste gigante. O estádio está reformado, bonito. Não tem mais a capacidade de 200 mil pessoas como em 1950, na final entre Brasil e Uruguai. Mas ainda é o Maracanã, que teve a fama de ser o maior estádio do mundo e que emociona todo aquele que o conhece.

Rio de Janeiro, esta emoção foi apenas o começo.