segunda-feira, junho 20, 2011

Eu jogando tênis…

Ontem, assisti com emoção uma reportagem relembrando os títulos de Gustavo Kuerten em Roland Garros. Fazem 10 anos do terceiro título, em 2001.

Lembro bem do primeiro título, em 1997. Durante o torneio, eu estava viajando com amigos para Gramado, aproveitando um feriado prolongado. Assistíamos a notícia da evolução de Guga no torneio com emoção. Voltamos ainda a tempo de vermos a final em casa, torcendo juntos por algo que parecia tão distante: um brasileiro, da nossa querida Floripa, jogar e ganhar a final de um torneio de Grandslam. E mais, alguém tão próximo de nós: eu tinha jogado tênis na minha adolescência e conhecia o Guga. Meus amigos – os gêmeos – eram amigos do irmão dele, o Rafael. Comemoramos muito aquele título.

Talvez seja a humildade de Guga que atrai tantos fãs. Seu jeito “manezinho” de ser cativa a todos. Lembro de uma entrevista, logo após ele ter ganhado um torneio na Alemanha. O prêmio era uma Mercedes conversível que ele deu para o técnico. Quando perguntado sobre o que iria fazer com o prêmio em dinheiro, ele respondeu, com forte sotaque ilhéu: “Vou comprar uns CDs…” Com certeza, poderia comprar muitos CDs.

Conheci o Guga durante os torneios de tênis que disputei na adolescência. Eram torneios estaduais e eu nunca despontei naquele circuito. Guga era mais novo, mas jogava na minha categoria porque ele sim despontava como uma boa promessa. Tanto é que ele hoje é um tenista campeão. E eu sou um engenheiro…

Lembro de um torneio no Itamirim, em Itajaí. Nos intervalos, os tenistas criavam meios de passar o tempo e um deles era um jogo com tampinhas de garrafa nas mesas entre as quadras. O objetivo era dar petelecos na tampinha e acertar primeiro o buraco do guarda-sol no meio da mesa. Se não joguei tênis com Guga, joguei este joguinho com tampinhas. E tinha até um apelido: por eu ser canhoto, Guga me chamava de Atrofia. Mas isso deve ser algo que só eu recordo.

Sim, o tênis foi o esporte da minha adolescência. E vai ser um esporte que, com certeza, vou apresentar ao meu filho. Não sei se ele vai gostar, nem vou forçar. Mas assim que puder, vou dar uma raquete para ele.

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