domingo, março 11, 2007

Erro de Interpretação

Tenho um vício: ler a revista Veja semanalmente. Fico chateado quando não consigo ler. Normalmente, leio a revista do começo ao fim, sem procurar as reportagens mais interessantes primeiro. Aproveito a volta de ônibus do trabalho ou as viagens de avião.

Esta semana, li na seção de frases a seguinte afirmação do governador do RJ, Sérgio Cabral:
"Não sou hipócrita nem covarde. Eu defendo que seja revista a proibição das
drogas. Temos que colocar na balança o custo-benefício da proibição das drogas."

Como sou a favor da proibição total das drogas, interpretei a frase como mais alguém que seguia meu ponto de vista: para diminuir o tráfico de drogas e a violência, deveríamos proibir todo e qualquer consumo de drogas.

Mais a frente na revista, o articulador André Petry comenta também as declarações de Sérgio Cabral. Foi então que percebi que o governador é na verdade a favor da legalização das drogas. Reli a frase e percebi meu erro. O governador já considera que as drogas são proibidas e defende que seja revista esta proibição.

Será que estou tão errado? As drogas são proibidas hoje? Sua venda e sua distribuição é sim proibida. Mas quem é flagrado drogado ou com pouca quantidade não fica preso. Isto é proibição? Proibição para mim é o que acontece na Indonésia ou Cingapura. Lá, ser pego com qualquer quantidade equivale a ser condenado a morte.

Continuo perguntando: legalizar as drogas vai acabar com o tráfico e a violência? Os cigarros são permitidos, mas seu contrabando continua e creio que quadrilhas batalham pelo controle deste tráfico de cigarros. O mesmo vai acontecer com as drogas. A legalização provavelmente vai taxar com pesados impostos a comercialização destas substâncias. E o mercado paralelo vai continuar ocorrendo.

Continuo sendo a favor da proibição total das drogas. Alguns programas de desintoxicação para os viciados podem ser pensados no início. Mas depois ser pego consumindo ou portando qualquer quantidade deve ser crime.

E você, o que pensa?

Nenhum comentário: