terça-feira, setembro 19, 2006

As visitas de morcegos (1/4)

Ainda bem que não acredito em vampiros. Senão, eu já teria sido mordido por um. Começo aqui uma trilogia de 4 partes sobre as visitas de morcegos que já recebi.
Parece brincadeira, mas no final, tem provas...

Quando vim para Joinville, queria um lugar barato e simples para morar. Acho que eu ainda estava traumatizado com a mudança de Curitiba e não queria fincar raízes. Aluguei um apartamento de 1 suíte e sala conjugada com a cozinha. Ficava no 4o. e último andar de um prédio sem elevador. Minha mãe quase cancelou as visitas por causa disso...

O apartamento era muito quente e eu deixava sempre uma parte da janela da cozinha aberta. Às vezes, até a porta que dava na sacada, eu deixava um pouco aberta.

Um dia, voltando de uma das viagens a trabalho, percebi algo estranho no tanque de lavar roupas. Parecia que eu tinha tido a visita de um rato ou de baratas, que só deixaram seus vestígios. Mas no 4o. andar? Não dei bola.

A surpresa apareceu quando eu estava jantando uma deliciosa pizza de supermercado, assistindo minha sensacional TV de 14' e algo passa voando na minha frente. Só percebi o que era quando o ser voador passou novamente!


Foi então a minha vez de voar, direto da cadeira da sala para o quarto, com prato de pizza na mão, e fechar a porta. Demorei um pouco para decidir o que fazer. Abria a porta do quarto de vez em quando e via o morcego voando. A luz deveria estar incomodando aquele bicho voador. Mas mesmo assim, ele não fugia pela janela.

Um certo momento, o morcego "pousou" na persiana da janela da sacada. Comecei então a jogar sapatos nele. Ele voltou a voar em círculos pela sala e eu voltei a me fechar no quarto.

Algum tempo depois, eu percebi que o roedor voador se escondeu atrás de umas caixas de papelão perto da porta de saída. Aproveitei para abrir totalmente as janelas, esperando que ele fugisse. Mas ele permaneceu lá. Usei toda minha munição de sapatos, chinelos e tênis para tentar acertá-lo. Acho que tive boa pontaria, porque o bicho ficou parado e escondido. Peguei uma vassoura e apertei as caixas contra a parede. Foi minha vitória. Não sei se o morcego morreu esmagado ou se já estava tão fraco de fome que desistiu da batalha.

Lendo agora parece que foi fácil e rápido, mas tudo isto acabou com a minha noite. E ainda tive que pegar o cadáver daquele rato com asas para jogar fora. Não contem para ninguém, mas joguei o saco com o morcego no ferro velho que ficava do lado do prédio.

Infelizmente, esta foi apenas a primeira experiência com morcegos em Joinville... Volto para contar as outras três...

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